Categoria: Conhecimento

Temos na mitologia que “Zeus” após ser afrontado, decide dividir seres que pretendiam investir contra os deuses, estes por sua vez possuíam forma arredondada, flancos em círculo, quatro orelhas e dois sexos entre outras características, Zeus julgou ter encontrado um recurso para enfraquecê-los e ficarem mais prestativos, seccionar em dois, a partir desta divisão torna-os como os seres atuais, bípedes, eretos e unissexuais.

           Essa separação não impediu que esses seres atuais fossem em busca de sua outra metade, é uma busca daquilo que lhe falta, pois não procuramos algo que já temos, estamos em constante busca da plenitude. O desejo, a mãe de Eros, é a penúria, a falta, os gregos colocavam essa falta como tendo origem em tudo que desejamos. Pois, dessa forma a falta seria o ponto de partida daquilo que nos motiva a buscar pelas coisas: realização pessoal, sonhos, planos e amores. Seja qual for o viés que percebemos a falta, como algo que falta, buscamos preencher essa falta. A falta nos move.

A busca da felicidade nos acompanha ao longo da história, se tinha uma percepção transcendental das coisas, tudo era atribuído a um Deus e a vida era um pequeno tempo que se tinha aqui na Terra, o paraíso seria o onde se encontraria esse descanso, essa plenitude: a felicidade. Hoje a sociedade vê a vida como “décadas” que precisamos alcançar durante esse período o máximo de felicidade. Ao buscar a felicidade nos deparamos com a ausência dela, e acabamos mimetizando à representações de alegria e prazeres e isso acaba apontando a uma tristeza por perceber que não conseguimos alcançá-la. A felicidade é no agora ou está para além do humano?